É inegável a influencia exercida por Tolkien na fantasia como nós conhecemos hoje, seja na literatura, filmes, jogos, rpgs, etc. Ok, nem tudo surgiu do nada. Ele se baseou em várias culturas e mitologias, mas criou todo um mundo independende, com seus próprios povos, próprias línguas e uma complexa história repleta de batalhas épicas, belezas, canções, traições, etc.
Mas quem é esse louco?
John Ronald Reuel Tolkien nasceu em 1892 (100 anos antes de mim *--*) na África do Sul, mas se mudou com 3 anos para a Inglaterra, onde passou o resto de sua vida. Lutou na primeira guerra mundial, onde começou a escrever os primeiros rascunhos sobre seu mundo imaginário, Arda, palco de suas principais histórias como a trilogia “Senhor dos Anéis”, “O Hobbit”, “Silmarillion”, “Os filhos de Húrin”, etc.
Só uma parêntese. Arda é a denominação de TUDO, todo o mundo criado. A ‘Terra Media’ é o continente. Para quem só conhece a história do Senhor dos Anéis, parece meio difícil de distinguir uma coisa da outra. Mas após ler o Silmarillion, tudo faz mais sentido.
Conheceu sua esposa Edith Bratt, três anos mais velha, em 1908 e os dois começam a namorar escondido. Entretanto, seu tutor, o Padre Francis Morgan, descobriu a situação e, acreditando que este relacionamento fosse prejudicar a educação do rapaz, proibiu-o de vê-la até que completasse vinte e um anos, quando Tolkien alcançaria a maioridade. Na noite do seu vigésimo primeiro aniversário, Tolkien escreveu a Edith, e convenceu-a a casar-se com ele, apesar de ela já estar comprometida. Juntos eles tiveram quatro filhos e viveram juntos até a morte dela, em 1971, após 55 anos de casamento.
Edith inspirou Tolkien a criar a personagem Luthien, descrita como a mais bela das elfas, filha de Thingol (um dos mais poderosos senhores élficos das primeiras eras) e que se apaixonou por Beren, um homem mortal. A história toda lembra a de Romeu e Julieta no começo, mas é muito mais foda, incluindo o fato que Luthien vai salvar Beren e os dois enfrentam Morgoth (você acha Sauron assustador? Morgoth era muito pior e muito mais poderoso. E mais, ele não precisava de um mero anel pra destruir toda a Terra Media). O fim da história é mais ou menos feliz, mas não vou falar mais sobre ela.
Tolkien era também muito amigo de C.S. Lewis, outro aclamado escritor britânico, autor das Crônicas de Narnia. A obra de um influenciou a do outro e vice versa. Mas essa amizade era inconstante, já que os dois discordavam de várias coisas, pricipalmente no campo da religião (Tolkien era católico e Lewis anglicano).
A religião influenciou as duas obras, mas a de Lewis era mais alegoria, motivo de implicação por parte de Tolkien, cujas obras tratam do tema de forma muito sutil e delicada.
Mesmo assim, “o Senhor dos Anéis” nunca existiria sem o apoio de Lewis, que foi uma das primeiras pessoas a lê-lo.
(comentários em off: adoro o Lewis, mas vou defender o Tolkien até o fim haha. Mas falando sério, adoro a maneira sutil como ele trata da religião, com Iluvatar sendo o Deus único e os valar como seus ‘auxiliares’).
Tolkien iniciou seus estudos em Oxford e, depois de lutar na primeira guerra mundial e ser dispensado por ter contraído tifo, tornou-se professor e um renomado filólogo (aquele que estuda idiomas). Foi nessa época que ingressou em uma equipe para preparar o New English Dictionay (importante dicionário inglês, como o Aurélio é aqui para nós brazucas).
Uma de suas grandes paixões eram os idiomas. Além do inglês, Tolkien conhecia cerca de dezesseis outros idiomas (à excepção dos criados por ele mesmo) que eram os seguintes: grego antigo, latim, gótico, islandês antigo, sueco, norueguês, dinamarquês, anglo-saxão, médio inglês, alemão, neerlandês, francês, espanhol, italiano, galês e finlandês.
Das línguas criadas por ele, destacam-se o Quenya (ou alto élfico), baseado no finlandês, e o Sindarin (ou elfico cinzento), baseado no galês, alem da escrita, o tengwar. Primeiro vieram as línguas. Ele criou um mundo onde suas línguas pudessem ser faladas, e lendas para rodeá-las. Tolkien, consciente da língua como um organismo mutável, totalmente relacionado com as histórias de um povo, afirmou certa vez que:
O Volapuque, Esperanto, o Ido, o Novial, são línguas mortas, mais mortas do que antigas línguas sem uso, porque seus inventores jamais criaram lendas para acompanhá-las.
Em 1992, ano em que Tolkien completaria 100 anos, duas árvores foram plantadas em seu tributo em Oxford pela Tolkien Society e pelaMythopoeic Society, grupos de leitores e estudiosos de sua obra. Essas duas árvores fazem alusão às Duas Árvores de Valinor, que davam luz a Valinor nos Dias Antigos.
Nem toda a obra do autor foi publicada aqui no Brasil ainda. Alguns foram até publicações póstumas, organizadas por seu filho, Christopher Tolkien, reunindo anotações e ensaios sobre histórias, personagens e lugares. Mas os publicados aqui no Brasil foram:
§ O Hobbit [Ed. Martins Fontes]
§ O Senhor dos Anéis (Volume único e separado)[Ed. Martins Fontes]
§ O Silmarillion [Ed. Martins Fontes]
§ Contos Inacabados de Númenor e da Terra-média [Ed. Martins Fontes]
§ Os Filhos de Húrin [Ed. Martins Fontes]
§ Roverandom [Ed. Martins Fontes]
§ Mestre Gil de Ham [Ed. Martins Fontes] (Farmer Giles of Ham)
§ As Cartas de J. R. R. Tolkien [Ed. Arte & Letra] (Letters of J.R.R. Tolkien)
§ Sobre Histórias de Fadas [Conrad Editora] (Tree and Leaf)
§ As aventuras de Tom Bombadil [Ed. Martins Fontes]
formatação zuada TT__TT
ResponderExcluirEU SOU COMPLETAMENTE APAIXONADO PELO TOLKIEN e a culpa é inteiramente da Larissa!
ResponderExcluirEU SOU COMPLETAMENTE APAIXONADO PELO TOLKIEN e a culpa é inteiramente da Larissa! [2]
ResponderExcluirMas eu ainda preciso ler os outros livros fora sda/silmarillion/hobbit mas não tem aqui *chora* e esses livros não são dignos de ler pelo pc